Naum, 2

Bíblia Matos Soares (1956)

1 Já vem (ó Nínive) contra ti um destruidor: guarda a fortaleza, vigia o caminho, reforça os teus rins, acrescenta as tuas forças.

2 Porque o Senhor restabelece o brilho de Jacob, bem como o brilho de Israel, depois que os (teus exércitos) destruidores devastaram e destruíram os seus sarmentos.

3 O escudo dos seus combatentes está pintado de vermelho, os guerreiros estão vestidos de púrpura; os carros de guerra avançam cintilantes no dia da preparação (para o combate); há brandir de lanças.

4 Os carros precipitam-se furiosamente pelos caminhos, chocam uns com os outros nas ruas; o seu aspecto é como de fachos ardentes, como relâmpagos que discorrem duma parte para a outra.

5 (O Ninivita) lembra-se dos seus valentes (e manda-os ao combate); eles tropeçam pelos caminhos. Rápidamente se precipitam sobre os muros e preparam abrigos.

6 Enfim são abertas as portas dos rios, e o palácio, abalado, vacila.

7 A rainha é levada prisioneira, as suas escravas são levadas cativas, gemendo como pombas, ferindo os seus peitos.

8 Nínive é semelhante a um tanque, mas de águas que fogem. (E por mais que se gritasse): Parai! Parai! nenhum voltou (para trás).

9 Saqueai a prata, saqueai o ouro; as suas riquezas são inúmeras, ela está cheia de objectos preciosos.

10 (Nínive) ficou destruída, rasgada e dilacerada; nela encontram-se corações desmaiados, tremem os joelhos, estão sem força os rins; todos os rostos empalidecem.

11 Onde está agora (Nínive) essa habitação dos leões, esse pasto de leõezinhos, onde se iam recolher o leão e os seus cachorros, sem haver ninguém que os afugentasse?

12 O leão (Assírio) despedaçava o preciso para os seus cachorros, levava caça para as suas leoas; enchia as suas covas de presa, a sua caverna de rapinas.

13 Eis que venho contra ti, diz o 'Senhor dos exércitos; reduzirei os teus carros a fumo; a espada devorará os teus leõezinhos; porei fim às tuas rapinas na terra, e não se ouvirá mais a voz (imperiosa) dos teus embaixadores.




Versículos relacionados com Naum, 2:

No capítulo 2 do livro de Naum, é descrita a queda de Nínive, a capital do Império Assírio, através de uma linguagem figurativa e descritiva. O capítulo descreve a aproximação do exército invasor, a destruição das muralhas da cidade, a fuga dos habitantes e o saque do tesouro da cidade. Abaixo seguem cinco versículos relacionados com os temas abordados em Naum 2:

Isaías 13:17: "Eis que despertarei contra eles os medos, que não se importam com a prata, nem desejam o ouro." O profeta Isaías, em sua mensagem de julgamento contra a Babilônia, anuncia que Deus usará os medos para destruí-la, mesmo que não estejam interessados no saque da cidade.

Jeremias 50:15: "Gritai contra ela ao redor; ela já se rendeu; caíram as suas torres, as suas muralhas estão derrubadas, pois esta é a vingança do Senhor; vingai-vos dela; como ela fez, fazei-lhe a ela." O profeta Jeremias também anuncia a queda da Babilônia e a destruição de suas muralhas e torres, assim como descrito em Naum 2.

Ezequiel 21:22: "Na sua mão está a varinha do meu Filho, e ele cortará deles; e a cada árvore escoherá, e a cada um escolherá para si mesmo um ramo verde." Neste verso, o profeta Ezequiel fala da espada de Deus que punirá os habitantes de Jerusalém e também pode ser relacionado com a descrição da destruição em Naum 2.

Salmos 46:6: "As nações se agitaram, os reinos se moveram; ele levantou a sua voz, e a terra se derreteu." Este salmo descreve a proteção de Deus para com o seu povo e a sua intervenção na história, trazendo juízo às nações rebeldes, o que se assemelha com a mensagem de Naum 2.

Zacarias 14:14: "E Judá também pelejará em Jerusalém, e se ajuntarão as riquezas de todas as nações circunvizinhas, ouro, e prata, e roupas, em grande abundância." Neste verso, Zacarias fala da vitória de Deus sobre as nações que se levantarão contra Jerusalém e da tomada de seus bens, o que se assemelha com a descrição do saque em Naum 2.





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