Eclesiástico, 50

Bíblia Matos Soares (1956)

1 Simão filho de Onias sumo sacerdote, em sua vida reparou a casa (do Senhor), e em seus dias fortificou o templo. (ver nota)

2 Foi ele que fundou a alta construção do templo, o edifício duplo e as elevadas muralhas do mesmo templo.

3 Em seus dias correram os mananciais das águas dos reservatórios, que se encheram extraordinariamente, como o mar (de bronze).

4 Teve cuidado do seu povo, livrou-o da perdição. Conseguiu engrandecer a cidade; nas suas relações com o povo alcançou glória, e alargou a entrada do templo e do átrio.

6 Como a estrela da manhã, no meio da névoa, como a Lua resplandecente no plenilúnio, e como um Sol brilhante, assim luziu no templo de Deus.

8 (Ele era) como o arco-íris que reluz entre as nuvens iluminadas, como a flor das roseiras nos dias da primavera, como os lírios que estão junto da corrente de água, como o incenso que exala fragrância em dias de verão,

9 como a chama refulgente, e o incenso que arde no fogo:

10 como um vaso de ouro maciço, ornado de toda a casta de pedras preciosas.

11 como a oliveira que brota e como o cipreste que se eleva ao alto, quando tomava a sua vestidura de glória, e quando se revestia de todos os ornamentos da sua dignidade.

12 Quando subia ao altar santo, honrava as vestiduras sagradas.

13 Recebia as porções (das vítimas) da mão dos sacerdotes, conservando-se de pé junto do altar, e, em volta, os seus irmãos formavam uma coroa, como uma plantação de cedros do Líbano.

14 Estavam em torno dele, como os ramos duma palmeira, todos os filhos de Aarão na sua glória,

15 A oblação destinada ao Senhor estava nas mãos deles, na presença de toda a assembleia de Israel. Para consumar o sacrifício sobre o altar, para tornar mais solene a oblação ao Rei excelso.

16 estendia a sua mão para fazer a libação, e derramava o sangue da uva.

17 Derramava-o ao pé do altar, como um perfume divino ao Príncipe excelso.

18 Então os filhos de Aarão levantavam ás suas vozes, tocavam as suas trombetas de metal batido e faziam ressoar um grande concerto para renovarem diante do Senhor a memória (da sua aliança).

19 Todo o povo se apressava e prostrava-se com o rosto por terra, para adorar o Senhor seu Deus e fazer orações ao Deus omnipotente e excelso.

20 Os cantores levantavam as suas vozes, e naquela grande casa retinia um som cheio de suavidade.

21 O povo fazia as suas preces ao Senhor excelso, até ficar de todo completo o culto do Senhor, até terminarem as funções sagradas.

22 Então (o sumo sacerdote), descendo (do altar), levantava as suas mãos sobre todo o congresso dos filhos de Israel, para dar glória a Deus com seus lábios, e para se glorificar no seu nome.

23 (Então o povo) repetia a sua oração, querendo manifestar o poder de Deus.

24 E agora rogai ao Deus de todas as criaturas, que fez grandes coisas em toda a terra, que aumentou os nossos dias desde o ventre materno, e que nos tratou sempre segundo a sua misericórdia.

25 Conceda-nos ele a alegria do coração, e reine a paz em Israel em nossos dias e para sempre,

26 a fim de que Israel creia que está connosco a misericórdia de Deus, e para que ele nos livre no seu dia. (ver nota)

27 Dois povos aborrece a minha alma, e o terceiro, que eu aborreço nem sequer é um povo:

28 Os que habitam no monte Seir, os Filisteus, e a gente insensata que habita em Siquém.

29 Estas são as instruções de sabedoria e de disciplina, que deixou escritas neste livro Jesus, filho de Sirach, natural de Jerusalém, o qual derramou a sabedoria do seu coração.

30 Bem-aventurado o que se dá a estes bons ensinamentos; o que os conserva em seu coração será sempre sábio.

31 Com efeito, se praticar estas coisas, será capaz de tudo, porque a luz de Deus guiará os seus passos.




Versículos relacionados com Eclesiástico, 50:

O capítulo 50 de Eclesiástico descreve a celebração da Festa dos Tabernáculos pelo sumo sacerdote Simão, filho de Onias. Essa celebração é descrita com grande ênfase, destacando a importância do sacerdote, a sua aparência majestosa e as suas orações em favor do povo. Abaixo estão cinco versículos relacionados com os temas abordados nesse capítulo:

Levítico 23:34: "Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo será a festa dos tabernáculos ao SENHOR por sete dias." Esse versículo é a ordem de Deus para que os israelitas celebrassem a Festa dos Tabernáculos, que é a festa descrita em Eclesiástico 50.

Neemias 8:17: "E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fez cabanas, e habitaram nelas; porque nunca tinham feito assim os filhos de Israel; e houve muito gozo." Esse versículo descreve como os judeus voltados do exílio em Babilônia celebraram a Festa dos Tabernáculos, vivendo em cabanas durante a festa, como uma forma de lembrar a época em que eles eram nômades.

Zacarias 14:16: "E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos." Esse versículo descreve uma profecia sobre o futuro, quando todas as nações adorarão a Deus e celebrarão a Festa dos Tabernáculos em Jerusalém.

João 7:37-38: "E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre." Esse versículo descreve como Jesus usou a Festa dos Tabernáculos como uma oportunidade para convidar as pessoas a crerem nele e a receberem a vida eterna.

Apocalipse 21:3: "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus." Esse versículo descreve a visão do apóstolo João sobre a nova Jerusalém, onde Deus habitaria com os homens. Essa visão pode ser relacionada com a celebração da Festa dos Tabernáculos, que é uma festa que lembra o tempo em que Deus habitou com os israelitas no deserto em tendas.





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